O dia de não-fúria
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A resposta é fácil. Porque sou paga para isso, razoavelmente bem paga até, considerando a média que se paga para estagiários, mais ainda se comparar com a média de estagiários de comunicação, que freqüentemente não ganham nem o almoço. Faço isso também porque eu sei que o nome da enorme e lucrativa empresa vai ficar lindo no meu currículo, ainda curto; vai me dar uns contatos interessantes e um pouco mais de savoir faire profissional, coisa que hoje em dia nunca é demais.
Mas também tem a resposta difícil. A mais profunda. Que diz que eu estou aqui, me importando com uma parcela ínfima do dinheiro dos outros porque não tenho coragem de ir fazer outra coisa. Não tenho peito para, idealisticamente, mandar a grande empresa à merda e ir fazer o que eu gostaria, apesar de eu não ter muita certeza do que isto seria.
3 Comments:
É o capitalismo selvagem. Ou o paradoxo imperfeito complexo com a teoria da relatividade. Viva la revolución!
esse mundo capitalista.. gostei do seu não blog.. não diário ,,, volto para continuar lendo.
Oi!
Concordo contigo, a gente se mata pra ter um nome no currículo mas sempre tem uma vontade de chutar o balde e gritar com o chefe.
Peraí!
Eu já grito com o chefe :)
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