Escola de Atores Yellow Kid Weil
De vez em quando eu, como todo mundo, recebo um telefonema atencioso de algum presidiário ou golpista tentando me estorquir através de ameaças de matar algum parente que eu nunca vi e ele também não. O golpe já está ficando velho e tem acontecido menos, mas acho que não é só por questão de informação. Sempre pode acontecer da pessoa ficar na dúvida se dessa vez é sério, se realmente alguém que você conhece foi sequestrado e precisa de ajuda. Mas eu da minha parte nunca tive dúvida porque, jisuis, como esse povo interpreta mal.
Sério, não tem como acreditar, a menos que a pessoa seja pega de surpresa e não tenha tempo para pensar. Lembro que uma vez me ligou uma mulher, com uma pronúncia esquisita, me chamando de mãe e chorando de uma maneira tão falsa que me deu até vergonha alheia da pobre mina de bandido. Sério, William Baldwin ficaria constrangido. Se ela fizesse isso na frente do meu antigo diretor, ia ouvir tanto que ficaria uma semana chorando na cama, em posição fetal, com a luz apagada.
O que me deu a idéia: porque não uma escola de teatro para criminosos? Começando no modo básico, noções elementares de interpretação, voz, corpo e caracterização. Aí depois cada bandido iria se aperfeiçoar conforme a especialidade. Assaltantes estudariam posturas intimidades e aprenderiam a como fingir com perfeição serem drogados/psicopatas, de modo a diminuiram a possibilidade de reação das vítimas. Batedores de carteira fariam muitas aulas de dança e caracterização, para que fiquem leves e ágeis e também para conseguirem se misturar numa multidão mais perfeitamente. Para sequestradores, estudos intensos de voz, que com certeza tornam qualquer negociação por telefone muito mais interessante (o povo do golpe do seqüestro também faria esse curso, com módulo especial de imitação de vozes). Estelionatários além de expressão vocal, caracterização e interpretação, fariam algum estudo de dramaturgia – bons golpes precisam de enredos coerentes e tentadores. Talvez eu crie algum curso especial de preparação para julgamentos e depoimentos, acho que faria sucesso.
Vou ficar rica. Sério, como nunca pensaram nisso antes?
Sério, não tem como acreditar, a menos que a pessoa seja pega de surpresa e não tenha tempo para pensar. Lembro que uma vez me ligou uma mulher, com uma pronúncia esquisita, me chamando de mãe e chorando de uma maneira tão falsa que me deu até vergonha alheia da pobre mina de bandido. Sério, William Baldwin ficaria constrangido. Se ela fizesse isso na frente do meu antigo diretor, ia ouvir tanto que ficaria uma semana chorando na cama, em posição fetal, com a luz apagada.
O que me deu a idéia: porque não uma escola de teatro para criminosos? Começando no modo básico, noções elementares de interpretação, voz, corpo e caracterização. Aí depois cada bandido iria se aperfeiçoar conforme a especialidade. Assaltantes estudariam posturas intimidades e aprenderiam a como fingir com perfeição serem drogados/psicopatas, de modo a diminuiram a possibilidade de reação das vítimas. Batedores de carteira fariam muitas aulas de dança e caracterização, para que fiquem leves e ágeis e também para conseguirem se misturar numa multidão mais perfeitamente. Para sequestradores, estudos intensos de voz, que com certeza tornam qualquer negociação por telefone muito mais interessante (o povo do golpe do seqüestro também faria esse curso, com módulo especial de imitação de vozes). Estelionatários além de expressão vocal, caracterização e interpretação, fariam algum estudo de dramaturgia – bons golpes precisam de enredos coerentes e tentadores. Talvez eu crie algum curso especial de preparação para julgamentos e depoimentos, acho que faria sucesso.
Vou ficar rica. Sério, como nunca pensaram nisso antes?