sexta-feira, setembro 29, 2006

Minha atual filosofia de vida

Devil May Care

No cares for me
I'm happy as I can be
I've learned to love and to live
Devil may care

No cares and woes
Whatever comes later goes
That's how I'll take and I'll give
Devil may care

When the day is through, I suffer no regrets
I know that he who frets, loses the night
For only a fool, thinks he can hold back the dawn
He who is wise never tries to revise what's past and gone

Live love today, and come tomorrow what may
Don't even stop for a sigh, it doesn't help if you cry
That's how I'll live and I'll die
Devil may care

When the day is through, I suffer no regrets
I know that he who frets, loses the night
For only a fool, thinks he can hold back the dawn
He who is wise never tries to revise what's past and gone

Live love today, and come tomorrow what may
Don't even stop for a sigh, it doesn't help if you cry
That's how I'll live and I'll die
Devil may care


(Não consegui descobrir com certeza quem compôs a música ou a letra. Se alguém descobrir, me avise por favor. Gosto de dar os louros para as pessoas certas, ainda que elas estejam mortas e/ou não dêem a mínima.)

sexta-feira, setembro 22, 2006

Vincent


Maravilhoso curta de Tim Burton, que eu imagino foi inspirado na infância do próprio!! Não precisa agradecer.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Marcando pontos no céu

Está entediado? Cansou de ajudar velhinhas a atravessar a rua? Está com a consciência pesada porque sonegou imposto? Buscando uma causa nobre para ajudar?

Seus problemas acabaram!! Ajude pobres totós famintos a comprar ração! A causa é nobre, os cachorros são fofos e a organização é séria. Taí o link, para quem estiver preocupado com a ficha suja no além!


domingo, setembro 17, 2006

Exercício Cênico I

Eu escrevi este texto no começo do ano, como uma tarefa dada para os componentes do Núcleo Experimental do Satyros. Ele foi apresentado para esse grupo durante uma aula, comigo fazendo o papel da mulher. Não acho esse texto muito bom, nem muito sofisticado. Só fiquei com vontade de postar.


HOMEM – (lendo num livro) Paixão é um estado crônico de ânimo ou de consciência caracterizado por uma viva excitação do sentimento, perdurando como um anseio profundo e monopolizante.

MULHER – (canta “Ne me quitte pas” baixinho)

MÉDICO – (como falando numa conferência) Na patologia em questão, várias sensações – freqüentemente contraditórias – são experimentadas, tais como a ansiedade, depressão, euforia, raiva, vergonha, sensação de onipotência, excitação, perplexidade, culpa, insônia e aumento do desejo sexual, tudo isso caracterizando a natura mórbida da enfermidade. É notadamente difícil convencer o paciente a se tratar, já que na maioria das vezes o doente “se afeiçoa” à sua condição. Porém em psiquiatria a morbidez é um atributo que não acomete apenas o paciente, mas se estende aos demais, às pessoas que lhe são próximas. Por isso é importante que se force o tratamento da paixão.

M – (parando subitamente de cantar) Seu imbecil, paixão não é doença. Não é condição! Ela simplesmente é!

ME – (sem dar muita atenção) Aqui temos um exemplo claro de resistência ao tratamento e apego aos sintomas.

M – Idiota!! Zumbi, animal, seu robô, sua coisa!!

(o médico ignora)

H – Vamos, vamos... você precisa tomar os seus remédios.

M – Não tomo porra nenhuma!

H – Você sabe que o médico mandou. Você vai se sentir melhor.

M – Ele que enfie o remédio no rabo! Eu não me sinto melhor, esse maldito remédio me faz mal.

ME – (preocupado) Te faz mal? Enjôo, dor-de-cabeça, gastrite? Erupções, tontura, diarréia?

M – Não... não é nada desse tipo.

H – Bem, diga o que é então.

M – É que eu não sinto nada!

ME – (aliviado) Oras, mas é só isso?

M – Como só isso?!??

ME – (paternal) Esse é o propósito do remédio, querida... para você se acalmar.

H – Se controlar.

ME – Ficar mais tranqüila.

H – Mais sociável. Menos “apaixonada”.

M – (chorando) Eu não quero!! Não tem nada errado comigo...

H – Ah não? Ah, não?? Pois veja bem (abrindo o livro, enérgico): “Paixão, substantivo feminino. Um, sentimento ou emoção levados a um alto grau de intensidade, sobrepondo-se à lucidez e à razão. Dois, afeto dominador e cego, obsessão. Três, desgosto, mágoa, sofrimento. Quatro, arrebatamento, cólera. Seis...

M – Chega!!

H – Como uma coisa descrita dessa maneira pode ser positiva? Hum? Esse sentimento improdutivo, egoísta, destruidor?

M – Porque é assim que tem que ser!! A paixão é egoísta, indecente, sociopata, prostituta (o Homem e o Médico parecem constrangidos)!! Nasceu assim!! Tudo isso é a paixão e eu ainda louvo essa merda. Sabe por quê? Porque sem isso a gente é um monte de morto-vivo e se algum idiota apaixonado não se desgraçar de vez em quando, a humanidade não anda!!

ME – Mas que absurdo, a ciência...

M – Foda-se a ciência, a ciência não sabe nada! (o Médico parece indignado) A evolução dos homens é um deus que exige sacrifícios humanos e são sempre os apaixonados que vão para o altar. Porque toda paixão é revolucionária, jacobina, cortadora de cabeças, desejosa de ser o único poder do universo!! Minhas paixões todas querem ser Deus!! E se não for assim, proibida, não é paixão... é ternurinha, é chilique, é tesãozinho, paixão não! Às vezes acho que nos proíbem as coisas só para que possamos nos apaixonar pelas coisas erradas e transgredir e nosso sangue possa fertilizar o chão... Se a paixão não destruir quem a sente, não é paixão!

H – (seco, depois de ficar cada vez mais enfurecido durante o discurso) Bem! Então acho que vamos te ajudar a provar a sua tese!

(faz um gesto para o Médico. O Médico tira do jaleco uma seringa e aplica na Mulher. Ela se debate e quando ele consegue, ela perde as forças e começa a gemer e bater a cabeça no chão, devagar).

M – (murmurando) Coisa inexprimível e sem nome, tormento e doçura da minha alma...

(O Médico corre a amordaçá-la. Volta para seu lugar e assume a postura de antes. Nesse meio tempo, o Homem, que estava rabiscando no livro, termina e guarda a caneta no bolso).

H – (limpa a garganta e lê) Viola-se a própria união que deve existir entre Deus e nós, quando a natureza, de quem Ele é autor, se mancha pelas paixões depravadas.

ME – (fazendo conferência) Como se percebe então, a patologia origina-se numa disfunção aguda do Sistema Límbico. Nos casos crônicos, tratamento intenso é necessário para evitar o estado constante de paixão, que pode ser fatal para o paciente ou, em momentos de crise, para terceiros.

segunda-feira, setembro 11, 2006


A feiúra proposital é uma espécie de maldade. Uma pessoa que não se esforça, nem um tiquinho que seja, para tornar sua própria aparência e seu ambiente mais bonito é má. Porque a beleza em si pode não ser uma virtude mas a capacidade de apreciar e buscar a beleza é.

Uma pessoa que acha que buscar a beleza para si mesmo é fútil é um cínico maldito, um canalha. O mundo é feio, dizem. Pois sim, mas por isso vamos desistir da beleza? Isso é o mesmo que desistir da honestidade porque todos à nossa volta são corruptos, o mesmo que desistir da bondade porque existe o mal, é uma falha de caráter. Que muita gente tem, alguns possuindo um talentozinho todo especial.