quarta-feira, setembro 28, 2005

Dia Latinoamericano de Luta pela Descriminalização do Aborto

Hoje é um dia importante para todos aqueles que acreditam que cada mulher é dona de seu próprio corpo e que o aborto é uma questão de saúde pública antes de ser uma questão moral. O Dia Latinoamericano de Luta pela Descriminalização do Aborto quase concidiu com a entrega do projeto de lei que prevê a descriminalização do aborto, que foi ontem, e que propõe que ele seja permitido até a 12ª semana de gestação ou a qualquer momento quando a gravidez implicar risco de vida à mulher ou em caso de má-formação fetal e a garantia do acesso a um aborto seguro na rede pública.
Essa lei é necessária e até agora ninguém me deu nenhum argumento contra ela que não fosse falho ou de base religiosa. Sou declaradamente pró-escolha e acho que o Estado não tem o direito de dizer a um indivíduo o que fazer com o seu corpo, nem de colocar um embrião que não sente, não pensa e nem vive por conta própria acima de um ser humano com uma história, planos e desejos pessoais. Ninguém deve obrigar uma mulher a se sentir parasitada por um bebê que ela não deseja e a fazer com que uma decisão já difícil e dolorosa como a de abortar se torne ainda mais pesada por força de uma lei patriarcal que não olha para a mulher, apenas para um amontoado de células com potencial de ser humano.
Hoje um grupo de blogueiros se manifestou a respeito com palavras melhores que as minhas. Contra ou a favor, reflita a respeito. A lista completa dos blogs que comentaram o assunto, junto com um post fantástico, está no Síndrome de Estocolmo, da lindinha Denise Arcoverde. É um dos links aí do lado, mas quem estiver com preguiça é só clicar aqui: http://www.sindromedeestocolmo.com/

sexta-feira, setembro 23, 2005

Um marco na história deste Não-blog!

Oh, que emoção! Acabo de receber o meu primeiro comentário malcriado! Estou tão orgulhosa! May this be the first of many!!

Agora só falta meu primeiro xingamento. Vou deixar guardado um bom champagne para a ocasião!

quinta-feira, setembro 08, 2005

Olfato

Estava lendo agora um artigo sobre cheiros. Não vou linkar não, estou com preguiça. Mas ele falava uma coisa que eu já pensava: as pessoas andam visuais demais e não sentem mais o cheiro de nada. Ninguém pára mais para realmente curtir um odor. Você conhece o cheiro do seu local de trabalho? Reconheceria o cheiro do seu melhor amigo? Percebe na hora a diferença que há no cheiro de uma fruta orgânica de outra cultivada com adubos químicos e agrotóxicos (e a diferença é enorme)?
O que contribui também é essa mania moderna de limpeza. É claro que higiene é fundamental, mas para mim as pessoas tem que ter cheiro de gente, não cheiro de química. É até gostoso passar um perfuminho às vezes, mas as pessoas exageram e se cobrem de cremes, desodorantes, talcos e outros cheiros artificiais, que cobrem totalmente os naturais, considerados indesejáveis e sujos. De minha parte, me sinto até mal em lojas de cosmético e em perfumarias, fico tonta com aquele cheiro forte e horroroso de laboratório, de imitação de flor. Sem contar que minha alergia detesta.
O olfato é um dos sentidos mais primitivos e mais emotivos. Desperta sensações e lembranças de maneira intensa. Fazemos institivamente associações muito fortes a cheiros, que às vezes tem pouco a ver com o cheiro ser bom ou ruim. Por exemplo: uma pessoa que adora nadar, ama mesmo, provavelmente vai gostar de cheiro de cloro de piscina, por associação. Da mesma maneira, se houver uma tonelada de flores no enterro de alguém que eu amo muito, ir a uma floricultura depois pode me deixar triste e enjoada.
Por diversão então, vou listar alguns dos meus cheiros preferidos, com suas devidas associações. Quem gostar da brincadeira, saia cheirando o mundo e faça sua própria lista. De preferência, depois me mostre.
- O cheiro da minha mãe.
- O cheiro das minhas avós.
- O cheiro da minha cachorra.
Esses 4 eu reconheço em qualquer lugar, sob qualquer circunstância.
- Mistura de cheiro de diesel com maresia. É o cheiro do dinheiro para mim. É cheiro de barco.
- Cheiro de lençóis limpos. Aquela mistura do cheiro de algodão com sabão de coco, sabe?
- Forno a lenha.
- Chuva no asfalto quente. É o cheiro de São Paulo.
- Flor de limoeiro.
- Cheiro da gasolina, quando eu abasteço o carro.
- Charuto e cachimbo.
- Cheiro de papel, com um toque de poeira e de desinfetante (cheiro de biblioteca).
- Cheiro, suave e limpo, de suor masculino.
Agora é sua vez.

quinta-feira, setembro 01, 2005

100% existencialista, quem diria...

Fiz hoje um teste que achei na internet, através de outro blog, que eu estou com preguiça de linkar. Eu sou uma adoradora de testes de qualquer tipo, desde longos testes de QI, até quizzes da Cosmopolitan. Aliás, acho que prefiro os quizzes da Cosmo. É muito interessante descobrir que sabor de sorvete você seria ou qual o estilo da sua festa de casamento perfeita.
Onde eu estava? Ah sim, o teste. Chama Ethical Philosophy Selector e ele te apresenta algumas questões comuns da ética abordadas pela filosofia. De acordo com as suas respostas, ele te diz com que filósofo ou corrente filosófica você se identifica mais.
Olha meu resultado:

1. Jean-Paul Sartre (100%) Click here for info
2. David Hume (90%) Click here for info
3. Nietzsche (78%) Click here for info
4. Cynics (75%) Click here for info
5. Stoics (75%) Click here for info
6. Kant (66%) Click here for info
7. Nel Noddings (58%) Click here for info
8. Aquinas (57%) Click here for info
9. Ayn Rand (57%) Click here for info
10. John Stuart Mill (57%) Click here for info
11. Thomas Hobbes (55%) Click here for info
12. St. Augustine (54%) Click here for info
13. Aristotle (51%) Click here for info
14. Jeremy Bentham (43%) Click here for info
15. Spinoza (43%) Click here for info
16. Plato (42%) Click here for info
17. Epicureans (34%) Click here for info
18. Ockham (31%) Click here for info
19. Prescriptivism (28%) Click here for info


100% Jean-Paul Sartre. Curioso que eu nunca li nenhuma linha do que ele escreveu. Depois dessa acho que vou ler. Será que sou existencialista sem saber? Me parece um pouco assustador isso. Sempre associei vagamente o existencialismo ao próprio Sartre, feio, mal-vestido, promíscuo e prolixo e, para cúmulo, marxista. Enfim, vou dar uma olhada.
Quem quiser fazer também, o link está aí embaixo: