Inveja é uma coisa feia
Um dia ainda vou entender porque as pessoas se consideram tão invejadas. Vá procurar no orkut e veja como existem um milhão de comunidades no estilo “Sua inveja faz a minha fama”, "Não gosta de mim, é inveja", "Tá com inveja entra na fila", etc, cheias de pessoas de beleza média, riqueza média e inteligência (quase) média, se acreditando mais invejadas que alguém que ganhou sozinho na Megasena. Impressionante.
Isso não deveria me incomodar. Se uma pessoa tem tanto amor-próprio que acha o simples fato de ela ser quem é motivo para que todo mundo tenha inveja e lamente sua própria vida, bom para ela, que deve ser muito feliz. O problema é que na maioria das vezes, eu tenho justamente a impressão inversa. Vejo todas aquelas meninas (a maioria é sempre mulher, sei lá porque) sorrindo, sorrindo sempre, uma foto bem boa onde elas estão arrumadas e maquiadas e com a chapinha em dia e, não sei, não consigo acreditar em tanta felicidade. Não imagino uma pessoa genuinamente feliz exibindo sua felicidade desse jeito, como se fosse um carro novo. E principalmente, não imagino uma pessoa feliz sempre olhando em volta, reparando em quem está olhando com cara de olho-gordo para a sua felicidade. Estranho demais que a Mirtes da contabilidade coloque um monte de amuleto na baia quando penso que ninguém que eu conheço gostaria de ser a Mirtes. Nada contra essa hipotética Mirtes, talvez ela seja mesmo feliz e espero que todas as Mirtes e Cleides e Mônicas sejam muito felizes. Mas desconfio.
Acho que essas pessoas tão temerosas da inveja estão é loucas para serem invejadas. Como boa parte dos homens, que não vão achar graça numa mulher que os amigos todos achem feia mesmo que ela seja a Monica Belucci, essas pessoas precisam sentir ou fingir que os outros querem muito a vida que elas têm, que é algo muito especial que as torna pessoas fantásticas e únicas e melhores e mais felizes que as outras. Só assim elas mesmas se convencem disso. Do contrário, talvez se matassem. Afinal, é bem melhor ser alvo de inveja que de pena.
Isso não deveria me incomodar. Se uma pessoa tem tanto amor-próprio que acha o simples fato de ela ser quem é motivo para que todo mundo tenha inveja e lamente sua própria vida, bom para ela, que deve ser muito feliz. O problema é que na maioria das vezes, eu tenho justamente a impressão inversa. Vejo todas aquelas meninas (a maioria é sempre mulher, sei lá porque) sorrindo, sorrindo sempre, uma foto bem boa onde elas estão arrumadas e maquiadas e com a chapinha em dia e, não sei, não consigo acreditar em tanta felicidade. Não imagino uma pessoa genuinamente feliz exibindo sua felicidade desse jeito, como se fosse um carro novo. E principalmente, não imagino uma pessoa feliz sempre olhando em volta, reparando em quem está olhando com cara de olho-gordo para a sua felicidade. Estranho demais que a Mirtes da contabilidade coloque um monte de amuleto na baia quando penso que ninguém que eu conheço gostaria de ser a Mirtes. Nada contra essa hipotética Mirtes, talvez ela seja mesmo feliz e espero que todas as Mirtes e Cleides e Mônicas sejam muito felizes. Mas desconfio.
Acho que essas pessoas tão temerosas da inveja estão é loucas para serem invejadas. Como boa parte dos homens, que não vão achar graça numa mulher que os amigos todos achem feia mesmo que ela seja a Monica Belucci, essas pessoas precisam sentir ou fingir que os outros querem muito a vida que elas têm, que é algo muito especial que as torna pessoas fantásticas e únicas e melhores e mais felizes que as outras. Só assim elas mesmas se convencem disso. Do contrário, talvez se matassem. Afinal, é bem melhor ser alvo de inveja que de pena.